sexta-feira, 1 de março de 2013

QUATRO “MÁQUINAS GLOBAIS DE PERSEGUIÇÃO” NO MUNDO ATUAL.


O mundo caminha para a sua própria desintegração dentro deste contexto globalizado e pós-moderno, onde surgem instrumentos de destruição e de desorganização dentro da sociedade secular e religiosa. Se constroem na desconstrução, e os veículos, são a saber:


1. O Nacionalismo Religioso;
Ensina-nos a história que cada vez que uma porção da Igreja toma a sério, de novo, o ensino da Palavra de Deus e o aplica de forma concreta à vida pública e privada, tornando-se, destarte (por esta forma deste modo), o que direito é chamar-se uma Igreja confessante, entra ela em choque com esta espécie de gente religiosa para quem uma ideologia política leva a palma sobre a fé autêntica e que exige da Igreja inteira submissão. Não é raro que esta ideologia seja uma forma de “nacionalismo”.
Ora, absoluta incompatibilidade há entre esta alienação política da religião e a liberdade da Igreja restaurada pela Divina Palavra. A Igreja Cristã não pode, sem renegar-se a si própria e desagregar-se, reconhecer uma outra autoridade última senão a da Palavra de Deus que dá testemunho a seu cabeça único: Jesus Cristo.
O “nacionalismo” religioso, que reaparece na história sob todas as espécies imagináveis de formas e de nomes, representa, destarte, na realidade, uma das mais graves e das mais perniciosas forças espirituais que a Igreja tem a combater. É ele um poder de desagregação que não vem do exterior, como é o materialismo ou o ateísmo, por exemplo, mas, muito pelo contrário, brota bem do interior; mais ainda, é extremamente ambíguo e, por vezes, pode perfeitamente mascarar a fiel expressão da fé. Acontece, com efeito, que o nacionalismo se confunde, momentaneamente, com o patriotismo cristão autêntico. Representa para a Igreja, portanto, uma permanente ameaça, tanto mais perigosa quanto exige ela não pouco de discernimento para pô-lo a descoberto e não pouco de coragem para combatê-lo.
Verdade é que, em confronto com perigos externos, este nacionalismo religioso é por vezes superficialmente proveitoso à Igreja. […] O amor do Evangelho e da liberdade espiritual é para eles mais caro que o amor da pátria – por maior e real que seja este – entram necessariamente em desacordo com os nacionalistas religiosos, para quem a ordem de valores é inversa. […] Verdadeiro patriotismo, aquele que, em vez de fundar-se nos interesses particulares ou de grupos como o nacionalismo, repousa na defesa das liberdades humanas essenciais; é o patriotismo que o Evangelho engendra. […] O nacionalismo tenta servir-se da religião, mas, longe está de tolerar a contradição da Igreja; esforça-se por todos os meios por fazer calar as vozes que se lhe opõem e em fechar a boca aos pregadores insubmissos.
“Não haverá paz entre as religiões até que haja paz entre as nações.” Na avaliação da professora Karen Armstrong, ex-freira e uma das pesquisadoras de história das religiões mais respeitadas no mundo, um "nacionalismo religioso" toma conta atualmente dos pólos opostos: no Oriente, os países islâmicos capitaneados atualmente pelo Irã, e no Ocidente, representado pelo cristianismo reacionário dos Estados Unidos. O resultado são conflitos violentos motivados por questões políticas, mas com feições de choque religioso.
Segundo ela, é completamente equivocado ligar os muçulmanos à violência pela religião, como fez o Papa Bento XVI. “O Islã não se estabeleceu através da violência. A idéia de que o Islã é uma ‘religião da espada’ foi uma invenção dos cristãos ocidentais durante a época das Cruzadas (episódio violento iniciado pela Igreja Católica)”, explicou.
Entrevistada com exclusividade pelo G1 a respeito dos conflitos motivados pelas declarações em que o Papa Bento XVI ligava o Islã à violência, a professora do Leo Baeck College de Estudos do Judaísmo e Treinamento de Rabinos e Professores, membro honorário da Associação Muçulmana de Ciências Sociais e autora de mais de uma dezena de livros sobre islamismo, judaísmo, cristianismo e budismo, como “Islã” (Objetiva), "Através do Portão Estreito",  "Guerra Santa" e "Maomé" (lançados no Brasil pela Companhia das Letras), entre outros, ofereceu uma análise mais ampla de toda a relação entre Ocidente e Oriente.
Segundo ela, os países do oeste são incuravelmente islamofóbicos. “Hoje em dia os muçulmanos de todo o mundo se sentem atacados. Muitos acreditam que o Ocidente começou uma nova Cruzada contra o Islã”, disse. Por outro lado, motivados politicamente (“a hedionda violência que estamos vendo emanar do mundo muçulmano não é o resultado da religião do Islã, mas sim motivada pela política”), os muçulmanos agem de forma violenta, alimentando o preconceito ocidental.


2. O Extremismo Muçulmano;

Os extremistas islâmicos podem ser considerados grupos que se opõem à paz. A partir da revolução iraniana, quando o fundamentalismo foi instituído no país, houve uma grande difusão entre os povos do Oriente Médio. Nos anos 80 emergiram movimentos armados que buscavam incessantemente a destruição de Israel e a fundação de um Estado Islâmico Palestino. 
Hamas corresponde a um movimento organizado que possui ideais islâmicos, emergiu no ano de 1987. A organização atua na área política e também militar. Esse grupo combate Israel militarmente e ao mesmo tempo oferece serviços sociais, como creches, escolas e hospitais. Fato esse que promove o movimento entre a população. Todos os jovens que queiram morrer em prol das causas da organização podem se recrutar no Hamas. O principal objetivo é destruir Israel e implantar um Estado palestino gerido pelo código islâmico (Sharia). 
Jihad islâmico é uma organização que apresenta as mesmas características do Hamas, no entanto, de menor expressão. Esse grupo também recebe incentivos e apoios do Irã. A organização em questão é limitada quanto ao número de integrantes, no entanto, isso possibilita uma maior discrição do grupo perante as autoridades. O foco principal é a destruição do Estado de Israel para a implantação de um Estado islâmico. Suas ações são violentas, possui muitas vezes a participação do Hamas. 


3. A Insegurança Totálitária;

Totalitarismo é um sistema de governo em que todos os poderes ficam concentrados nas mãos do governante. Desta forma, no regime totalitário não há espaço para a prática da democracia, nem mesmo a garantia aos direitos individuais.
No regime totalitário, o líder decreta leis e toma decisões políticas e econômicas de acordo com suas vontades. Embora possa haver sistema judiciário e legislativo em países de sistema totalitário, eles acabam ficam às margens do poder.
Outras características dos regimes totalitários:
- Uso excessivo de força militar como forma de reprimir qualquer tipo de oposição ao governo;
- Falta de eleições ou, quando ocorrem, são manipuladas;
- Censura e controle dos meios de comunicação (revistas, jornais, rádio);
- Propaganda governamental como forma de exaltar a figura do líder.
A falta de estar seguro. Qualidade ou condição de seguro pelo um Estado que controla e manipula a política e a sociedade, escravizando e oprimindo a liberdade de expressão da imprensa, religiosa e civil.  A certeza é que não existe condição que se pode confiar.  Isto é demonstrado pelos lideres das nações que se acham confiantes em si mesmo, a autoconfiança.
Os países como o regime totalitário são países ou regime em que um grupo centraliza todos os poderes políticos e administrativos, não permitindo a existência de outros grupos ou partidos político. Isto é: China, Cuba, Vietnâ, Venezuela, Coréia do Norte, Mianmar, Camboja, Sudão, e vários outros países da África e Oriente Médio.


4. Intolerância Secular.

A intolerância secular tem ganhado terreno nas nações ocidentais pregando “igualdade” e “tolerância” entre as religiões Intolerância religiosa. Ao ler essa frase, o que lhe vem à mente? Extremistas queimando as casas de uma minoria religiosa? Um governo autoritário prendendo todo aquele que se submete a um deus e não ao poder político? Famílias expulsas e separadas por abandonarem os costu¬mes de sua comunidade? Todas essas definições estão corretas. Elas representam à realidade da Coreia, Argélia, Nigéria e México – países onde há perseguição que partici¬parão da Copa do Mundo este ano. No entanto, há uma definição de intolerância religiosa que não é sem¬pre lembrada, talvez por ser a mais sutil de todas: o secularismo.
Juiz espanhol manda retirar crucifixos de escola. Um juiz de Valhadolid deu ordem de retirada de crucifixos das salas de aula de uma escola pública da região porque o pai de uma aluna protesta há três anos contra o crucifixo. O caso foi levado a tribunal em Março pela Associação Cultural Escola Laica de Valhadolid. Os restantes pais não foram tidos nem achados, aspecto que a notícia prefere ignorar. Porque será? porque temos de ser todos iguais e de uma forma que seja aceitável para os intolerantes seculares.

Estas quatro máquinas já estão em pleno vapor trabalhando nos bastidores e se revelando pouco a pouco dentro das brechas que vão obtendo, ganhando espaço e voz de forma nacional, extrema, totalitária, onde todos nós não teremos o beneficio da tolerância, mas sim o peso do martelo do radicalismo e da insensibilidade que deixou-nos na nossa humanidade.  

Vigiemos e Oremos, pois os dias são findos e se aproxima o final dos tempos.

Em Cristo...
Pr. Miss. Capelão Edmundo Mendes Silva

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