O
mundo caminha para a sua própria desintegração dentro deste contexto
globalizado e pós-moderno, onde surgem instrumentos de destruição e de desorganização
dentro da sociedade secular e religiosa. Se constroem na desconstrução, e os veículos,
são a saber:
1. O
Nacionalismo Religioso;
Ensina-nos
a história que cada vez que uma porção da Igreja toma a sério, de novo, o
ensino da Palavra de Deus e o aplica de forma concreta à vida pública e
privada, tornando-se, destarte (por esta forma
deste modo),
o que direito é chamar-se uma Igreja confessante, entra ela em choque com esta
espécie de gente religiosa para quem uma ideologia política leva a palma sobre
a fé autêntica e que exige da Igreja inteira submissão. Não é raro que esta
ideologia seja uma forma de “nacionalismo”.
Ora,
absoluta incompatibilidade há entre esta alienação política da religião e a
liberdade da Igreja restaurada pela Divina Palavra. A Igreja Cristã não pode,
sem renegar-se a si própria e desagregar-se, reconhecer uma outra autoridade
última senão a da Palavra de Deus que dá testemunho a seu cabeça único: Jesus
Cristo.
O
“nacionalismo” religioso, que reaparece na história sob todas as espécies
imagináveis de formas e de nomes, representa, destarte, na realidade, uma das
mais graves e das mais perniciosas forças espirituais que a Igreja tem a
combater. É ele um poder de desagregação que não vem do exterior, como é o
materialismo ou o ateísmo, por exemplo, mas, muito pelo contrário, brota bem do
interior; mais ainda, é extremamente ambíguo e, por vezes, pode perfeitamente mascarar
a fiel expressão da fé. Acontece, com efeito, que o nacionalismo se confunde,
momentaneamente, com o patriotismo cristão autêntico. Representa para a Igreja,
portanto, uma permanente ameaça, tanto mais perigosa quanto exige ela não pouco
de discernimento para pô-lo a descoberto e não pouco de coragem para
combatê-lo.
Verdade
é que, em confronto com perigos externos, este nacionalismo religioso é por
vezes superficialmente proveitoso à Igreja. […] O amor do Evangelho e da
liberdade espiritual é para eles mais caro que o amor da pátria – por maior e
real que seja este – entram necessariamente em desacordo com os nacionalistas
religiosos, para quem a ordem de valores é inversa. […] Verdadeiro patriotismo,
aquele que, em vez de fundar-se nos interesses particulares ou de grupos como o
nacionalismo, repousa na defesa das liberdades humanas essenciais; é o
patriotismo que o Evangelho engendra. […] O nacionalismo tenta servir-se da
religião, mas, longe está de tolerar a contradição da Igreja; esforça-se por todos
os meios por fazer calar as vozes que se lhe opõem e em fechar a boca aos
pregadores insubmissos.
“Não
haverá paz entre as religiões até que haja paz entre as nações.” Na avaliação da
professora Karen Armstrong, ex-freira e uma das pesquisadoras de história das
religiões mais respeitadas no mundo, um "nacionalismo
religioso" toma conta atualmente dos pólos opostos: no Oriente, os
países islâmicos capitaneados atualmente pelo Irã, e no Ocidente, representado
pelo cristianismo reacionário dos Estados Unidos. O resultado são conflitos
violentos motivados por questões políticas, mas com feições de choque
religioso.
Segundo
ela, é completamente equivocado ligar os muçulmanos à violência pela religião,
como fez o Papa Bento XVI. “O Islã não se estabeleceu através da violência. A idéia de
que o Islã é uma ‘religião da espada’ foi uma invenção dos cristãos ocidentais
durante a época das Cruzadas (episódio violento iniciado pela Igreja Católica)”, explicou.
Entrevistada
com exclusividade pelo G1 a respeito dos conflitos motivados pelas
declarações em que o Papa Bento XVI ligava o Islã à violência, a professora do
Leo Baeck College de Estudos do Judaísmo e Treinamento de Rabinos e
Professores, membro honorário da Associação Muçulmana de Ciências Sociais e
autora de mais de uma dezena de livros sobre islamismo, judaísmo, cristianismo
e budismo, como “Islã” (Objetiva), "Através do Portão
Estreito", "Guerra Santa" e "Maomé" (lançados no
Brasil pela Companhia das Letras), entre outros, ofereceu uma análise mais
ampla de toda a relação entre Ocidente e Oriente.
Segundo
ela, os países do oeste são incuravelmente islamofóbicos. “Hoje em dia os
muçulmanos de todo o mundo se sentem atacados. Muitos acreditam que o Ocidente
começou uma nova Cruzada contra o Islã”, disse. Por outro lado,
motivados politicamente (“a hedionda violência que estamos vendo emanar do mundo
muçulmano não é o resultado da religião do Islã, mas sim motivada pela
política”),
os muçulmanos agem de forma violenta, alimentando o preconceito ocidental.
2. O Extremismo Muçulmano;
Os
extremistas islâmicos podem ser considerados grupos que se opõem à paz. A
partir da revolução iraniana, quando o fundamentalismo foi instituído no país,
houve uma grande difusão entre os povos do Oriente Médio. Nos anos 80 emergiram
movimentos armados que buscavam incessantemente a destruição de Israel e a
fundação de um Estado Islâmico Palestino.
Hamas
corresponde a um movimento organizado que possui ideais islâmicos, emergiu no
ano de 1987. A organização atua na área política e também militar. Esse grupo
combate Israel militarmente e ao mesmo tempo oferece serviços sociais, como
creches, escolas e
hospitais. Fato esse que promove o movimento entre a população. Todos os jovens
que queiram morrer em prol das causas da organização podem se recrutar no
Hamas. O principal objetivo é destruir Israel e implantar um Estado palestino
gerido pelo código islâmico (Sharia).
Jihad
islâmico é uma organização que apresenta as mesmas características do Hamas, no
entanto, de menor expressão. Esse grupo também recebe incentivos e apoios
do Irã. A organização em questão é limitada quanto ao número de integrantes, no
entanto, isso possibilita uma maior discrição do grupo perante as autoridades.
O foco principal é a destruição do Estado de Israel para a implantação de um
Estado islâmico. Suas ações são violentas, possui muitas vezes a participação
do Hamas.
3. A Insegurança Totálitária;
Totalitarismo
é um sistema de governo em que todos os poderes ficam concentrados nas mãos do
governante. Desta forma, no regime totalitário não há espaço para a prática da democracia,
nem mesmo a garantia aos direitos individuais.
No
regime totalitário, o líder decreta leis e toma decisões políticas e econômicas
de acordo com suas vontades. Embora possa haver sistema judiciário e
legislativo em países de sistema totalitário, eles acabam ficam às margens do
poder.
Outras
características dos regimes totalitários:
-
Uso excessivo de força militar como forma de reprimir qualquer tipo de oposição
ao governo;
-
Censura e controle dos meios de comunicação (revistas, jornais, rádio);
-
Propaganda governamental como forma de exaltar a figura do líder.
A
falta de estar seguro. Qualidade ou condição de seguro pelo um Estado que
controla e manipula a política e a sociedade, escravizando e oprimindo a
liberdade de expressão da imprensa, religiosa e civil. A certeza é que não existe condição que se
pode confiar. Isto é demonstrado pelos
lideres das nações que se acham confiantes em si mesmo, a autoconfiança.
Os países como o regime totalitário são países ou regime
em que um grupo centraliza todos os poderes políticos e administrativos, não
permitindo a existência de outros grupos ou partidos político. Isto é: China, Cuba, Vietnâ, Venezuela, Coréia do Norte,
Mianmar, Camboja, Sudão, e vários outros países da África e Oriente Médio.
4. Intolerância Secular.
A
intolerância secular tem ganhado terreno nas nações ocidentais pregando
“igualdade” e “tolerância” entre as religiões Intolerância religiosa. Ao ler
essa frase, o que lhe vem à mente? Extremistas queimando as casas de uma
minoria religiosa? Um governo autoritário prendendo todo aquele que se submete
a um deus e não ao poder político? Famílias expulsas e separadas por abandonarem
os costu¬mes de sua comunidade? Todas essas definições estão corretas. Elas
representam à realidade da Coreia, Argélia, Nigéria e México – países onde há
perseguição que partici¬parão da Copa do Mundo este ano. No entanto, há uma
definição de intolerância religiosa que não é sem¬pre lembrada, talvez por ser
a mais sutil de todas: o secularismo.
Juiz
espanhol manda retirar crucifixos de escola. Um juiz de Valhadolid deu ordem de
retirada de crucifixos das salas de aula de uma escola pública da região porque
o pai de uma aluna protesta há três anos contra o crucifixo. O caso foi levado
a tribunal em Março pela Associação Cultural Escola Laica de Valhadolid. Os
restantes pais não foram tidos nem achados, aspecto que a notícia prefere
ignorar. Porque será? porque temos de ser todos iguais e de uma forma que seja
aceitável para os intolerantes seculares.
Estas
quatro máquinas já estão em pleno vapor trabalhando nos bastidores e se
revelando pouco a pouco dentro das brechas que vão obtendo, ganhando espaço e
voz de forma nacional, extrema, totalitária, onde todos nós não teremos o
beneficio da tolerância, mas sim o peso do martelo do radicalismo e da
insensibilidade que deixou-nos na nossa humanidade.
Em
Cristo...
Pr.
Miss. Capelão Edmundo Mendes Silva
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