sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A Virada Quântica Runo ao Paganismo

O Oeste americano é um ímã para pessoas superdotadas – profissionais que, por um motivo ou por outro, escolhem residir em regiões selvagens. Embora eu não tenha as estatísticas, em 1991 parecia que nossa cidadezinha tinha mais do que os melhores, especialmente musicistas bem treinados. E eles generosamente compartilhavam seu talento em uma ampla variedade de locais para os eventos, inclusive um curso de órgão de tubos que dava aos jovens aprendizes de teclado a oportunidade de tocar instrumentos em igrejas por toda a comunidade.
Quando minha esposa e nosso filhinho voltaram de uma aula, eu estava preparado para ouvir uma extensa explicação sobre o esplendor do órgão de tubos. Em vez disso, ouvi uma descrição de um pôster da igreja no qual estava escrito: “Ame Sua Mãe” e que trazia uma pintura da “Deusa Gaia” segurando o mundo.
Não sei quantas pessoas entendiam a mensagem subjacente nesse pôster naquela época, mas hoje os cristãos estão acordando e percebendo que o ministério de certas igrejas foi sequestrado por um movimento vocal que promove o paganismo.

Fazendo a corte à “Mãe Natureza”
Definir o paganismo moderno é como tentar fixar gelatina na parede. Os pagãos descrevem seu ponto de vista como sendo pragmático, autoconfiante, experiencial, sempre em desenvolvimento, tolerante e de mente aberta. Contudo, eles possuem determinados princípios centrais, os quais o escritor Carl McColman definiu vagamente com o acróstico People Adoring Goddess And Nature [a forma em inglês para Pessoas Adorando a Deus e a Natureza]. [1]
O termo pagão significa literalmente “habitante do campo” e se originou quando o cristianismo se tornou a religião oficial do Estado depois da conversão de Constantino, imperador romano, no século IV. Enquanto os centros culturais daquela época eram “cristãos” ao estilo da moda, as áreas rurais retiveram suas práticas religiosas politeístas e animistas; e se tornaram um sinônimo para a palavra “pagão”.
A imagem estereotipada que a maioria dos cristãos tem do paganismo não é sempre precisa. O paganismo vê a realidade como um todo unificado e totalmente inclusivo; e a “deusa” é essencial em seu sistema de crenças. Os pagãos vêem a natureza como tendo a polaridade da energia: escuro e claro, ativo e passivo, macho e fêmea. Como explicou um praticante: “Como vemos a natureza como sendo o divino, também vemos nossa força divina como tendo dois aspectos – masculino e feminino – Deus e Deusa”. [2]
Às vezes explicado como yine yang, deus e deusa representam os opostos polares complementares de um todo unificado.
O monismo descreve essa visão de mundo, na qual toda a matéria finalmente emerge de ou se reduz a uma mesma substância ou princípio de ser. [3]
O dualismo, por outro lado, descreve a visão de mundo judaico-cristã, que reconhece Deus como distinto de Sua criação. Merlin Stone, autor de When God was a Woman [Quando Deus era Mulher], explicou: “A Deusa se localiza dentro de cada indivíduo e todas as coisas da natureza”. O Deus judaico-cristão, entretanto, é transcendente.[4]
Os pagãos vêem a terra como sendo um organismo vivo que respira e que é a fonte de toda a vida. A Deusa Gaia, às vezes mencionada como a Mãe Terra ou a Mãe Natureza, é sempre retratada com o círculo da terra como seu útero porque ela é considerada responsável por trazer toda a vida à existência. Como os pagãos veneram a Terra, eles vêem o tempo gasto ao ar livre como um tempo de comunhão com a deusa.
Se você acha que essas informações não têm relevância, pense novamente. Uma visão monística do cosmos está causando impacto na igreja professa através das preocupações ambientais. James Parks Norton, famoso e influente clérigo da cidade de Nova Iorque, um ávido ambientalista, declarou: “Estamos cada vez mais sendo desafiados a entender que o corpo de Cristo é a terra – a biosfera – a pele que inclui todos nós”. E Richard Austin, ex-pastor da Igreja Presbiteriana USA (PCUSA), que dirigiu a conferência EarthCare ’96[Cuidados com a Terra ’96], declarou: “Cristo é totalmente Deus e totalmente Terra. (...) Ele veio para salvar o mundo. (...) Ouço a Bíblia nos chamando a nos redimir da destruição da Criação”.[5]

Prevendo “A Virada”
Grupos da Nova Espiritualidade (anteriormente denominada Nova Era) prevêem o que chamam de “A Virada”, um salto quântico na consciência planetária em 2012, que resultará em um planeta unificado, funcionando em perfeita harmonia. Infelizmente, muitos líderes cristãos populares visualizam a mesma coisa.
Do lado secular, José Aguelles, instigador da iniciativa de paz “Convergência Harmônica” em 1987, escreveu: “É hora de todos os que estão dispostos a abraçar incondicionalmente o novo nos tornarmos atores do mesmo mito. (...) Tudo o que precisamos é um evento global unificado – um todo artístico – que nos una e nos sincronize na afirmação de nossos mais elevados sonhos”. [6]
A Virada, disse ele, “estabelecerá o palco para uma seqüência em nossa evolução como algo distinto no ciclo da história, assim como o surgimento da vida urbana foi distinto da vida nas cavernas”.[7]
A participação nesta suposta virada quântica requer que toda a humanidade esteja espiritualmente no mesmo nível, e a chave para esse alinhamento é o conceito de “mito”. As diversas crenças dentro do paganismo são transmitidas através dos mitos em vez de declarações doutrinárias. Os pagãos usam uma abordagem narrativa que ensina através do contar histórias. Não é necessário crer nas histórias como verdades literais, mas apenas como uma apresentação metafórica da verdade subjetiva. Se os “mitos” das religiões do mundo puderem ser sincronizados, o mito universal unirá todas as religiões em uma só.

Pintura da “Deusa Gaia” segurando o mundo.
É interessante que os líderes cristãos populares também prevêem uma mudança radical no cristianismo professo, afirmando que a fé exige um tempo de “transição, um repensar, re-imaginar e re-visualisar”. Uma organização denominada Deep Shift [Virada Profunda] afirma proporcionar “apoio à medida que os líderes passarem por suas transições pessoais e guiarem suas organizações através da transição e da transformação necessárias para engajarem seu povo no trabalho para o bem do mundo em nossa cultura atual”. [8]
Michael Dowd, ministro ordenado da Igreja de Cristo Unida e autor de Thank God for the Evolution [Graças a Deus Pela Evolução], declarou: “Estamos às portas do maior reavivamento espiritual da história. (...) É bastante possível que a mudança de nosso próprio paradigma – de ver a natureza como um artefato, para ver a Natureza [sic] como a principal revelação da divindade (e inseparável da divindade) – prevaleça sobre o curso de décadas em vez do curso de séculos”. [9]
Na verdade, Dowd e outros como ele sugerem colocar um “brilho evolucionista” sobre aspectos do livro de Gênesis para “universalizar aquela história, fazendo-a significativa e instrutiva não apenas para os Povos do Livro, mas também para povos de outras tradições religiosas e de nenhuma tradição religiosa”. [10]
Cunhando um novo termo para substituir mito, Brian McLaren, o famoso líder eclesiástico emergente, afirma em seu livro Everything Must Change [Tudo Tem Que Mudar], que a “história que estrutura” o cristianismo precisa desesperadamente de uma revisão radical. [11]
Caindo no erro do conto pós-moderno de que a verdade é dinâmica e está em constante mudança a fim de permanecer relevante, esses líderes vêem a doutrina como desnecessária. Um outro líder cristão declarou: “Desejamos crescimento e aprendizagem, não dogmas e doutrinas”.[12] McLaren afirmou:
Sem pedir quaisquer desculpas a Martinho Lutero, a João Calvino, ou ao evangelicalismo moderno, Jesus (em Lucas 16.19) não prescreve o inferno para aqueles que se recusarem a aceitar a mensagem da justificação pela graça através da fé. (...) Pelo contrário, o inferno – literal ou figurado – é para os ricos e fartos, que prosseguem em seu caminho sem se preocuparem com o necessitado em seu dia a dia. [13]
Para essas pessoas, desconstruir a doutrina bíblica da salvação usando uma passagem isolada do texto não é algo incomum. De acordo com McLaren: “A essência da mensagem de Jesus enfocava a transformação pessoal, social e global nesta vida”, e aparentemente tem pouco a ver com a salvação mediante a fé na oferta pessoal de Cristo como o único sacrifício que Deus aceitará pelo pecado. [14]
É chocante, mas um outro escritor cristão declarou: “A fixação da igreja na morte de Jesus como o ato salvífico universal tem que acabar, e o lugar da cruz deve ser re-imaginado na fé cristã. Por quê? Por causa do culto ao sofrimento e do Deus vingativo por detrás dele”.[15]
Usando um entendimento dúbio e uma linguagem deliberadamente vaga, muitos advogam uma forma escondida de pluralismo que é típica do paganismo. Refletindo essa atitude estão as pessoas que se referem ao cristianismo como “seguir a Deus à maneira de Jesus”. [16]
A mensagem sutil é que todas as religiões levam as pessoas a Deus; o cristianismo, por acaso, é apenas a “maneira de Jesus”. Eles explicam:
O evangelismo ou a missão para mim já não tem mais nada a ver com persuadir as pessoas a crerem naquilo que eu creio, não importa quão impaciente ou criativo eu seja. Tem mais a ver com experiências e encontros compartilhados. Tem a ver com caminhar a jornada da vida e da fé juntos, cada um distinto em suas próprias tradição e cultura, mas com a possibilidade de encontrarem a Deus e a verdade uns dos outros. [17]
Um outro confessa: “Para mim, o início do compartilhar de minha fé com as pessoas começou quando joguei fora o cristianismo e abracei a espiritualidade cristã, um sistema misterioso não-político que pode ser experimentado mas não explicado”.[18]
Compartilhar uma fé que você não pode explicar parece um paradoxo; mas a idéia certamente se encaixa na filosofa de que o individualismo, a experiência e o pluralismo definem os princípios das crenças de uma pessoa.
A mensagem sutil, cuidadosamente colocada em palavras, é que as pessoas podem chegar a Deus de qualquer forma que desejarem. Citando Michael Dowd: “Se você está, de coração, comprometido a crescer em profunda integridade e a não ter ressentimentos, nem culpa, nem vergonha, nem arrependimentos, nem negócios não terminados, você está salvo, seja qual for sua religião ou sua filosofia”. [19]
Embora o movimento atual em direção ao paganismo dentro do cristianismo professo tenha emergido por meio das principais denominações, há vozes dentro desses grupos que reconhecem as implicações. Sylvia Dooling, da PCUSA, admoestou que essas crenças estão crescendo como uma tendência atual nas principais denominações. [20]
Diane L. Knippers, ex-presidente do Instituto de Religião e Democracia, lamentou: “O movimento permanece influente nas principais denominações como sendo a vanguarda da teologia feminista, a tendência mais proeminente nos campos dos seminários atualmente”. [21]
Elas, e outros como elas, entendem que, se a igreja professa permite que a visão de mundo pagã “re-imagine” os elementos centrais do cristianismo, isso certamente significará uma mudança não apenas para a igreja, mas também para o mundo.

Que Deus tenha misericórdia de todos nos.
Um abraço em Cristo.
Pr. Capelão Edmundo Mendes Silva

(Charles E. McCracken 

                                               http://www.chamada.com.br/mensagens/rumo_ao_paganismo.html

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A IGREJA ANTE OS DESAFIOS DOS ÚLTIMOS DIAS

Enquanto agradecemos ao Senhor por mais um ano de estudo da sã doutrina, vemos que o mundo prossegue seguindo na porta larga, no caminho espaçoso que conduz à perdição (Mt.7:13). Vivemos dias difíceis, dias trabalhosos (II Tm.3:1), em que o mundo sofre uma multiplicação do pecado (Mt.24:12) e, como consequência disto, só se vê aumentar o sofrimento do gênero humano, a sua progressiva decadência moral e espiritual, decadência esta que não consegue nem de longe ser restringida pelo fenomenal desenvolvimento tecnológico-científico que também tem ocorrido no presente tempo.
A nossa leitura bíblica retrata sem rodeios a realidade imprópria dos tempos pós-modernos. Nunca houve, em toda a história da humanidade, uma época semelhante aos dias atuais onde é nítida a ausência de valores, principalmente aqueles que norteiam a dignidade do ser humano: o sentimento, o decoro, a vergonha, a moral, o caráter, o respeito e o temor a Deus, os quais constituem os verdadeiros alicerces para a vida individual e em sociedade. O crente jamais pode se eximir destes princípios, mesmo que tenha de ser considerado de retrógrado.
Todas as circunstâncias da atualidade indicam que é iminente o retorno de Cristo para vir buscar a sua Igreja. Entretanto, enquanto o Senhor não voltar, a Igreja deve prosseguir a sua missão de evangelização do mundo.

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobreviverão tempos trabalhosos" (II Tm 3:1) - O apóstolo Paulo, em sua afirmação a seu filho na fé, Timóteo, já no ocaso da sua vida, quando estava preso em Roma, na sua segunda prisão, faz questão de relembrar que a Igreja passaria por momentos difíceis, que ainda não tinham chegado no tempo do apóstolo, o que nos mostra claramente que Paulo não se referia, em absoluto, ao período de perseguição que se apresentava naquele instante, desencadeada por Nero, a primeira das "dez grandes perseguições" que haveria contra a Igreja durante o Império Romano (os "dez dias" de Ap.2:10). O apóstolo apontava, também, para um período futurístico na história da Igreja em que os tempos seriam "trabalhosos".
Ao que parece estamos vivendo aqueles "últimos dias" referidos por Paulo, pois analisando com cuidado as palavras de Paulo podemos observar que os "últimos Dia" da história da Igreja, aqui na Terra, têm características diferentes dos "tempos trabalhosos" enfrentados por esta mesma Igreja em outros períodos da História, no passado, de forma especial, até o advento do chamado Tempo Pós-Moderno.
Nos "tempos trabalhosos" dos "últimos dias" Paulo não se refere a perseguições, mártires, prisões, mas fala de convulsões internas. O perigo estaria nessa época dentro ou no seio da própria igreja local. Esses "tempos trabalhosos" seriam caracterizados por um período de Apostasia cada vez mais intenso, bem como de uma crescente corrupção moral. Paulo enumera cerca de vinte diferentes aspectos da reprovação que iria caracterizar uma boa parte das lideranças da "Igreja", para depois afirmar que "...os homens maus e enganadores irão de mau para pior, enganando e sendo enganados" (II Tm 3:13). Assim, olhando para a Bíblia, e olhando para o chamado "mundo evangélico" temos a impressão de estarmos vivendo aqueles últimos dias referidos por Paulo.
§  Nestes "últimos dias", o mundo tem menos acesso a Deus, porque o que impede a comunicação entre Deus e os homens é o pecado (Is.59:2) e estes "últimos dias" são dias em que o pecado está aumentando sobremaneira (Mt.24:12). Até mesmo as pessoas que tiveram um contacto com o Salvador Jesus, que, uma vez receberam o amor de Deus derramado em seus corações (Rm.5:5), terão este amor esfriado, perderão este sentimento.
§  Nestes "últimos dias", o desamor é uma constante e, em virtude disto, os dias são repletos de violência, pois a vida humana é vilipendiada, já que não há amor a Deus e, consequentemente, não há amor ao próximo. O homem é menosprezado e se desenvolve, entre os homens, uma verdadeira "cultura da morte".
§  Nestes "últimos dias", multiplica-se o pecado e, com ele, multiplicam-se os problemas. Sem dar guarida a Deus e ao seu amor, a humanidade acaba correndo de um lado para outro, como ovelhas desgarradas que não têm pastor (Mt.9:36), sem direção, sem qualquer orientação, o que faz com que surjam inúmeros problemas.
§  Nestes "últimos dias" está acontecendo um alto grau de ferocidade entre as pessoas. Com efeito, sendo o desamor a tônica do relacionamento entre os homens, pois o próprio apóstolo Paulo, ao descrever os últimos dias, diz que seriam dias em que os homens seriam amantes de si mesmos, sem amor para com os bons (II Tm.3:2,3). Assim, são pessoas que só pensam em si próprios e cria condições múltiplas para se servirem do próximo, aproveitarem-se dele e o explorarem o máximo possível. Em virtude desta "ferocidade humana", vivemos dias furiosos, ou seja, dias em que o individualismo, o egoísmo, a vileza com que o homem é tratado faz com que as pessoas se tornem desconfiadas, desacreditadas umas das outras, comportamento que prejudica todo e qualquer relacionamento. A consequência disto é a expansão do ódio, da raiva, da ira. As pessoas agem em relação às outras como se estas fossem, há muito, suas inimigas. Vivemos a época da insegurança e do medo indiscriminados.
§  Nestes "últimos dias", o homem não tem a menor preocupação em prejudicar o outro, desde que isto lhe seja conveniente e contribua para que atinja os seus objetivos, objetivos estes que dizem respeito somente a si próprio. A ganância, o prazer, o bem-estar próprio, a satisfação do seu ego, é só isto que é estimulado, incentivado e almejado pelo homem dos últimos dias. Vivemos dias em que, mais do que nunca, como afirmava o filósofo inglês Thomas Hobbes, "o homem é o lobo do homem" e toda a ferocidade humana é revelada ao seu próximo. Por isso, os homens são desobedientes a pais e mães, ingratos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, cruéis, obstinados e orgulhosos (II Tm.3:2-4).
§  Nestes "últimos dias", têm surgido no meio do povo de Deus, enganadores, pessoas que, tendo aparência de piedade, negam, com seus atos, a eficácia dela (II Tm.3:5). Os últimos dias, dizem-nos Pedro e Judas (II Pe.3:3 e Jd.18), são dias em que surgem os falsos mestres, que são os condutores de muitos pelo caminho da apostasia, ou seja, do afastamento deliberado da sã doutrina, do desvio espiritual.
§  Estes "últimos dias" são dias em que os cristãos são tratados como mercadorias, em que há a mercantilização da fé, em que muitos se levantam não para servir a Deus, mas para levar os salvos ao seu próprio serviço, num ultraje nunca antes visto em toda a história da humanidade. São dias de proliferação de falsas doutrinas, de doutrinas de homens e de demônios, de lutas pelo poder eclesiástico, de escândalos, onde há uma amizade com o pecado e com os deleites humanos e total menosprezo à santidade, à pureza e à sinceridade no propósito de adorar o Senhor.

I - CARACTERÍSTICAS DOS TEMPOS PÓS - MODERNOS
A humanidade experimentou, ao longo de sua história, diferentes momentos, com características bastante específicas que contribuíram para distinguir de forma clara uma época da outra. Basicamente, a história humana tem sido dividida em "idades", a saber:
a)     Idade Antiga ou Antigüidade - que é o período que vai desde a descoberta da escrita até o ano de 476, quando Roma foi invadida e destronado o seu último imperador romano do Ocidente, Rômulo Augústulo. É o período em que se formam grandes impérios mundiais, em que as civilizações são, principalmente, formadas no Oriente Médio (com exceção de Grécia e de Roma), onde prevalece a mão-de-obra escrava e uma forte influência religiosa, religiões que são politeístas, ou seja, têm vários deuses. A exceção é os hebreus, que cultuam apenas um Deus, e será um hebreu, Jesus Cristo, que mudará radicalmente este mundo antigo. Com a prevalência do Cristianismo no Império Romano, o chamado "mundo antigo" deixa de existir.
b)    Idade Média - que é o período que vai de 476 até 1453, quando os turcos otomanos invadem Constantinopla e põem fim ao Império Bizantino ou Império Romano do Oriente. É o período em que o Cristianismo domina a Europa, principalmente a Igreja Católica Apostólica Romana, que centraliza toda a concepção de vida ou "cosmovisão" do período. No Oriente, o enfraquecimento do Império Romano do Oriente faz com que o cristianismo perca espaço para novas crenças, em especial o Islamismo, que surge entre os árabes, que vão formar um grande império. O contacto entre Oriente e Ocidente, a partir das chamadas Cruzadas, expedições em que o Papado tenta reconquistar a Terra Santa, que está nas mãos dos muçulmanos, faz com que haja uma completa transformação no mundo ocidental, com a perda de domínio do Papado sobre os governos europeus e um distanciamento da atividade científica e tecnológica dos princípios religiosos católicos que, aliás, foram vigorosamente combatidos pelo surgimento da Reforma Protestante. 
c)     Idade Moderna - que é o período que vai de 1453 até 1789, quando ocorreu a Revolução Francesa. Neste período, cada vez mais a ciência e a filosofia se distanciam dos dogmas religiosos. Chega-se mesmo a entender que há uma oposição entre ciência e fé. O mundo ocidental começa a perder o seu referencial religioso cristão, o que se denominou de "secularização do mundo". A verdade passa a ser procurada na ciência. Este movimento alcança com a Revolução Francesa o seu triunfo.
d)    Idade Contemporânea - que é o período que se inicia em 1789. Neste período surgiram os sistemas filosóficos francamente hostis ao cristianismo e a própria idéia de adoração a Deus. A evolução da ciência e da tecnologia confirmaram esta hostilidade. Entretanto, o homem, ao confiar na razão, é lançado em um grande número de conflitos e de problemas, inclusive as duas guerras mundiais e a perspectiva de destruição total no período da chamada "guerra fria" (1947-1989). A partir do fracasso da experiência comunista, explicitamente atéia, há uma total descrença na própria idéia de verdade, o que configura o início do movimento considerado como "pós-moderno", ou seja, não mais se aceita que a verdade venha da razão, mas se duvida até de que exista uma verdade.

e)     Pós-Modernidade - é o período da História que veio tomar o lugar do período moderno. É o período em que vivemos atualmente, considerado como "últimos dias". Esse período da história do homem teve seu início no final do século 20, quando ocorreu no mundo o avanço de uma mentalidade caracterizada pela demolição dos fundamentos da sociedade ocidental cristã. A caracterização deste período foi marcada com a falência do comunismo, a derrocada do Muro de Berlim e o insucesso dos modelos econômicos, bem como o desenvolvimento da tecnologia e da ciência moderna no afã de resolver os problemas da humanidade. A pós-modernidade não é um movimento organizado, mas uma visão que influencia a academia, a religião, a arte, a cultura e a economia. Neste período, o conceito de certo e errado, antes tidos por altamente definidos, hoje têm sido relativizados, pois o pensamento vigente é de que "o que é certo para mim pode não ser necessariamente certo para você".
§  Nestes "últimos dias" caracterizados como pós-modernos, Satanás tenta destruir os fundamentos bíblicos e depreciar os bons costumes antes reconhecidos pela sociedade. O que se percebe, portanto, é que, nestes "últimos dias", prevalece um pensamento de que não existe sequer a verdade. Tendo, a partir da "modernidade", deixado à própria idéia de Deus de lado o homem, decepcionado em ter usado em vão a razão, o seu poder de raciocínio para descobrir a verdade e alcançar a felicidade, agora está tentado a achar que verdade não existe, que a própria vida não faz sentido, motivo pelo qual se deve aproveitá-la ao máximo no aqui e no agora.
O mundo em que vivemos é um mundo descrente, que não pensa em Deus nem em algo que vá além do que se vê, do que se observa no mundo presente. É este mundo que deve ser evangelizado pela Igreja.
§  Nestes "últimos Dias" dos "Tempos Trabalhosos" da Igreja, neste período do pós-moderno, Satanás está envidando esforços no sentido de concretizar a integração entre a Igreja e o Mundo, entre o Reino da Luz e o reino das trevas. Para que isto aconteça ele precisa destruir a Identidade da Igreja, como sendo o povo de Deus aqui na Terra, e a Identidade de cada Crente, como sendo "filho de Deus". Neste sentido Satanás trabalha com o objetivo de introduzir o mundo, com todas suas bagagens diabólicas, no seio da Igreja, bem como de atrair a Igreja para as coisas do mundo. Para a consecução dos seus objetivos é preciso diminuir, mais e mais, as distâncias que separam a Igreja do mundo, apagar a linha divisória para que ela possa ser cruzada, despercebidamente, por muitos. Lamentavelmente, satanás está obtendo grandes resultados nesta sua maneira de agir. No passado, nos primeiros momentos, ou séculos, dos "tempos trabalhosos", ele usou os inimigos dos cristãos para atacarem a Igreja de fora para dentro, porém não deu certo. Entretanto, neste período da história em que vivemos, chamado de pós-moderno, sua tática mudou. Primeiro ele infiltrou seus agentes, travestidos de obreiros, para enganar os inocentes que não se dedicam ao conhecimento da Palavra de Deus. Estes agentes de Satanás, não são outros senão aqueles que Paulo, por inspiração do Espírito Santo, previu que viriam nos "últimos dias" e enumerou cerca de vinte aspectos negativos pelos quais eles poderiam ser identificados. Por incrível que pareça estes homens desqualificados poderá se encontrar entre nós, no meio do Povo Evangélico, em posições de liderança. Paulo disse "haverá", apontando para o futuro, para os "últimos dias".
A arma que o cristão deve usar nestes últimos dias, para atacar os terríveis tempos que vivemos é a "espada do Espírito", ou seja, a Palavra de Deus. Assim como Jesus lutou contra o adversário fazendo uso desta arma, a única arma de ataque da armadura do cristão (Ef.6:17b), também não podemos, nos dias difíceis, abrir mão de usar esta arma. Não é por outro motivo que se tenta tanto desacreditar as Escrituras ou impedir que elas estejam nas mãos, mentes e corações do povo de Deus.
1)     Uma sociedade centrada no homem - É o que chamamos de Antropocentrismo, ou seja, o homem colocado no centro dos conhecimentos. A sociedade pós-moderna tem como base a célebre declaração de que "o homem é a medida de todas as coisas". Isto pressupõe a predominância da filosófica humanista que o coloca como o centro do Universo, em flagrante contraste com o ensino bíblico de que todas as coisas foram criadas para a glória de Deus (Sl 73:25; I co 10:31; 1Pe 4:11).
O mundo lá fora, ou a sociedade dos homens, rejeitou o Teocentrismo, ou seja, Deus como o centro do Universo, e que, em torno dEle, e sob o seu comando as coisas acontecem. No mundo antropocentrista, predomina a força do homem e tudo gira em torno daquilo que o homem é, que o homem tem, e que o homem pode. "É possível, mesmo na igreja local, encontrar pessoas que pregam um "evangelho" que vise satisfazer a audiência, desejosa de ter riquezas e uma vida sossegada. Títulos têm valido mais que o caráter dos obreiros, valorizando o "ter em detrimento do ser".
Está escrita em 1Co 3:5-7 a recomendação Bíblica de que a Igreja não vive em função do homem, mas de Deus, ou seja, vive sob o regime do Teocentrismo. Na Igreja ainda prevalece aquele princípio estabelecido por Jesus quando disse: "...porque sem mim nada podeis fazer" (João 15:5).
Sejamos vigilantes, pois Satanás trabalha dia e noite para descaracterizar a Igreja, como Igreja, e fazer dela uma sociedade de homens, tendo o homem no seu centro, e, assim, fazer a Integração entre a Igreja e o Mundo, apagando as diferenças existentes entre estes dois povos. Portanto, o maior desafio enfrentado pela Igreja, nestes "últimos dias", conhecidos como pós-modernos, é não permitir que Satanás destrua sua Identidade a qual a caracteriza como sendo uma "...Igreja gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível" (Ef 5:17).

2)    Uma sociedade centrada no relativismo - Outro aspecto do período pós-moderno é o relativismo. Sob essa ótica não há lugar para os princípios e ensinos imutáveis da Palavra de Deus, válidos para "todas as pessoas, em qualquer época e em todos os lugares". O valor absoluto e imutável da Palavra de Deus é qualificado como impróprio por aqueles que vivem ao bel-prazer de suas concupiscências e são prisioneiros do contexto e das convenções sociais do momento.
O relativismo é uma das vãs filosofias que nestes tempos do pós-moderno, procura justificar o comportamento pecaminoso e antibíblico daqueles que não são guiados pelo Espírito Santo. Segundo o relativismo nada pode ser definitivamente certo, pois, a verdade está sujeita a fatores aleatórios, ou subjetivos. Assim, os princípios éticos e morais variam de lugar para lugar, pois, estão sujeitos às circunstâncias culturais, políticas e históricas. É claro que o Relativismo contrasta com as verdades proclamadas pela Bíblia Sagrada. A Bíblia fala de valores absolutos e imutáveis válidos e aplicáveis em qualquer parte da Terra, pois, a doutrina Bíblica se apóia em dois princípios: imutabilidade e universalidade. Por estes dois princípios a doutrina não sofre a ação do tempo e nem do espaço. Pelo princípio de Imutabilidade significa que nós estamos ensinando, hoje, a mesma doutrina Bíblica que os Apóstolos ensinaram. Ela não mudou e nem mudará. Ela é verdadeira e absoluta. Pelo Princípio da Universalidade, onde houver um homem, em qualquer lugar da terra, a doutrina bíblica é válida para ele. O que a Bíblia definir como sendo pecado, será pecado em toda a Terra. Assim, os princípios éticos e morais que o relativismo afirma mudar de lugar para lugar, pela Bíblia eles são imutáveis.

II - O DESAFIO DAS COSMOVISÕES DA HUMANIDADE
"Cosmovisão é o conjunto de crenças e práticas que moldam a abordagem das pessoas aos argumentos mais importantes da vida". É o resultado da forma como as pessoas vêem o mundo. Em linhas gerais, a cosmovisão de cada pessoa se constrói a partir de sua herança cultural, religiosa e social. Podemos dizer que a maneira como a pessoa ver o mundo e se relaciona com ele deve-se ao legado adquirido desde sua infância. "Por meio de nossa cosmovisão determinamos prioridades, explicamos nossa relação com Deus e com os seres humanos, valorizamos o significado dos acontecimentos e justificamos nossas ações".

Nestes "últimos dias" há duas cosmovisões em conflito.
1)    A cosmovisão naturalista - Este conjunto de crenças e práticas, exclui Deus como o Criador de todas as coisas e acredita que o homem e o mundo são produtos do acaso. Os seguidores desta teoria anticristã não aceitam o fato da soberania divina e tratam a existência do homem e da mulher com decorrentes da evolução das espécies, o que significa igualar a espécie humana a qualquer outra. Isso demonstra o alto grau de pauperização espiritual, e a absoluta cauterização da mente humana e do seu real afastamento e abandono de Deus.
A Igreja está diante de um grande desafio: levar à Palavra de Deus às pessoas seguidoras desta teoria anticristã. Mas para isso é necessário demonstrarmos que somos diferentes. Aliás, um dos desafios destes -últimos dias- é ser diferente do mundo e dos homens sem Deus - A Igreja, no seu todo, e cada crente, em particular, só poderá ser um referencial para o mundo e para os homens se viver de uma maneira diferente do que vive o mundo e do que vivem os homens; se tiver motivos para justificar o convite para que as pessoas que estão lá fora venham para o nosso meio e para viverem como nós vivemos. Se convidarmos, e elas vierem, e aqui descobrirem que em nosso meio existe a mesma luta pelo poder, como existe lá fora, o mesmo apego às coisas materiais, as mesmas mentiras e trapaças, as mesmas traições, calúnias e injúrias, os mesmos sentimentos de vaidade, de orgulho e de egoísmo, a mesma falta de união e de amor, as mesmas desconfianças, ciúmes e traições, então, elas não terão motivos para desejarem ficar conosco.
Diz-se que "os opostos se atraem". Assim, como opostos, nós temos que atrair aqueles que são diferentes de nós. Estes chegando em nosso meio precisam sentir que estão num ambiente melhor, tanto no sentido espiritual como também material e, principalmente, moral. Precisam ver que não somos homens do passado, que pararam no tempo, desatualizados. Não é isto que Deus quer de nós. Deus quer que sejamos homens do nosso tempo, homens que saibam viver e aproveitar os frutos da ciência e da tecnologia moderna, porém, conservando o padrão moral vivido pelos homens dos "tempos bíblicos", como foram os Apóstolos e os primeiros cristãos. Ser diferente não significa ser ignorante, andar mal vestido. Ser diferente significa ter amor para oferecer aos nossos e aos recém chegados, ter uma amizade sincera para quem precisa de um amigo; significa honrar sua palavra e seus compromissos; significa viver e pregar aquilo que vive e viver aquilo que prega e que ensina. Pregar e ensinar na unção do Espírito de Deus, palavras que alcançam não apenas a mente, mas, também, e principalmente, a alma e espírito.



2)    A cosmovisão judaico-cristã - Esta teoria tem os seus princípios regidos pela revelação Bíblica, por isso ela é veementemente questionada por aqueles que adotam a cosmovisão naturalista. Adota-se na cosmovisão judaico-cristã o regime Teocentrista, ou seja, Deus é o centro do Universo, e em torno dEle, e sob seu comando as coisas acontecem. A Bíblia, que é a Palavra de Deus, registra isso contundentemente em Gn 1:1 ;Is 45:12. Para tudo que Deus criou há um propósito soberano - veja os textos contidos em Cl 1:13-17; Pv 16:14; Is 43:7; Rm 11:36, e a sua obra prima " o homem " não foi jogado ao ermo, mas leis morais foram estabelecidas como padrão de conduta para ele como se pode constatar em Ex 13:9 ;Mt 5, 6 e 7. Porque os seguidores da cosmovisão naturalista querem se utilizar desta ferramenta ímpia, incrédula e herética para explicar o mundo" A resposta está na própria Bíblia em 2Co 4:4: ?o deus desta era cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus". E são essas pessoas "cegas" que ocupam os lugares estratégicos na formulação do pensamento norteador da vida em sociedade. É como está escrito em 1 João 5: 19: " Sabemos que somos de Deus e que o mundo todo está sob o poder do Maligno". Por isso o maior desafio a ser superado pela Igreja, nestes últimos dias, para não perder sua Identidade Bíblica de Noiva do Cordeiro é viver diferente do mundo. O desejo de Deus é, pois, que a Igreja leve o mundo a querer viver como ela vive, bem como a querer conhecer o Deus a quem ela serve. No passado a Igreja cumpriu o desejo de Deus, porém neste "últimos dias", conhecidos como pós-modernos, Satanás está envidando todos os seus esforços para inverter esta situação, ou seja, ele quer levar a Igreja a viver como o mundo, a rejeitar o seu Rei e a adotar os seus ídolos, tal como fez Israel, no passado. Portanto, ser diferente ou ser igual ao mundo, é um dos desafios que a Igreja e que cada crente, em particular, enfrenta nestes últimos dias.

III - O DESAFIO DO MULTICULTURALISMO
1)    A essência do multiculturalismo - Após a insurgência da globalização, ficou muito difícil para o autêntico cristão, a assimilação dos diversos modelos culturais entre os povos. O comportamento pecaminoso e antibíblico daqueles que não são guiados pelo Espírito Santo,como são os adeptos da filosofica relativista, tem se espalhado de uma forma célere e assustadora entre as múltiplas culturas do mundo. O multiculturalismo deixa claro que não há nenhuma verdade absoluta, ou seja, as verdades são particulares e relativas e cada povo tem a sua forma de acatá-las, e expressá-las, tese esta ímpia, diabólica, pois vai de encontro aos preceitos universais e imutáveis da Palavra de Deus. Com isso, cada vez mais o desafio da Igreja em conquistar pessoas ao aprisco do Senhor aumenta. Entretanto, mesmo a Igreja, tendo pouca força (Ap.3:8), ou seja, que seja numericamente inferior aos ímpios, que não tenha presença nem influência entre os detentores de poder econômico e político, que tenha de, ao mesmo tempo em que enfrenta o mundo, ter de cuidar daqueles que apostatam no seu interior, guarda a Palavra do Senhor e sabe que tem uma porta aberta para anunciar as boas novas de salvação a esta humanidade perdida e que, iludida, pensa ter "superado" a verdade do Evangelho. É esta resposta que a Igreja, que somos nós, temos de apresentar ao mundo nestes momentos finais da dispensação da graça.

2)    A fé cristã e o multiculturalismo - Surge uma grande pergunta: como expressar a fé bíblica e cristã em meio ao generalizado multiculturalismo pós-moderno- Devemos, em primeiro lugar, sermos cônscios de que somos diferentes e devemos mostrar isso na prática. Em segundo lugar, devemos discernir em cada cultura aquilo que é "bíblico, extrabíblico e antibíblico", e equiparmo-nos com os necessários e devidos meios e instrumentos para a proclamação da verdade divina sob a unção do Espírito Santo que nos capacita para isto. Não são poucos os que defendem que vivemos um período "pós-cristão", um instante de "superação" e "evolução" diante da doutrina cristã, uma "nova era", que dizem ser de perspectivas múltiplas de paz, harmonia e progresso, porém, à luz da Bíblia Sagrada, isto é uma demonstração nítida e evidente de que o mundo "jás no maligno", um mundo distanciando dos ensinamentos do Filho de Deus. Entretanto, apesar de toda esta atitude despropositada, que é fruto da cegueira espiritual do homem, imerso no pecado e na maldade (II Co.4:4), ainda se encontra sobre a face da Terra, ainda que não por muito tempo, a Igreja - a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido para anunciar as virtudes de Jesus Cristo (I Pe.2:9). Ela tem de enfrentar todas as circunstâncias do multiculturalismo pós-moderno e continuar a dizer que a única solução, a única esperança para o homem é crer em Jesus como seu único e suficiente Senhor e Salvador. A própria razão de ser da Igreja, a sua própria natureza faz com que toda e qualquer atividade do povo de Deus aqui na Terra seja um desafio, uma deliberada provocação ao mal e ao pecado.

Em dias de multiplicação de iniqüidade e de esfriamento do amor por parte de grande maioria de crentes, deve a Igreja fiel, a Igreja verdadeiramente comprometida com o seu Senhor, apresentar-se em condições de seguir avante no desafio que lhe foi proposto, não desanimando, apesar de verificar que, numericamente, possa estar em desvantagem e que muitos, a grande parte daqueles que cerraram fileiras juntamente com elas, venham, em virtude da multiplicação do pecado, traí-la e mudar de lado.

Que Deus em Cristo tenha misericórdia de todo nos.

Pr. Miss. Capelão Edmundo Mendes Silva

terça-feira, 6 de agosto de 2013

POR QUE FAZER MISSÕES É UMA TAREFA TÃO URGENTE?

“E disse-lhes por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura.” (Mc 16.15).
Por que fazer missões deve ser a missão da igreja? Por que a igreja deve levar a mensagem do evangelho aos de perto e aos de longe? Por que o território de ação da igreja deve estender-se até os confins da terra?

1.       Porque o homem sem Cristo está perdido.
Ef 2.1-3 Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais outrora andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos de desobediência, entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais”.
O homem sem Cristo é escravo da carne, do mundo  e do diabo. Ele está preso, condenado e morto. Não há nenhuma possibilidade de esse homem voltar-se para Deus por si mesmo, nem qualquer chance de ele ser salvo pelos seus próprios méritos. Não há salvação sem Cristo. Nenhuma religião pode salvar. Nenhuma religião nos pode reconciliar com Deus. O mundo está saturado de muitas religiões, enquanto a humanidade perece. Não é verdade que toda religião é boa e que todo caminho leva a Deus. Há caminhos que ao homem parecem direito, mas ao fim são caminhos de morte (Pv 14.12 “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte”). A ignorância não é outra porta para o céu. Quem sem lei pecar, sem lei perecerá (Rm 2.12 “Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados”). A não ser que a igreja anuncie o evangelho a todos os povos, não haverá esperança de salvação para eles. Só Cristo é a porta do céu. Só Ele é o caminho que conduz a Deus. Só Ele é o mediador entre Deus e os homens.

2.      Porque a obra de Cristo já foi consumada.
Jo 19.30 “Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse: está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito”.
A salvação é uma obra planejada por Deus, consumada por Cristo e aplicada pelo Espírito Santo. Tudo já foi feito. Não resta mais nada por fazer. Cristo já morreu e ressuscitou. Ele já enviou o Espírito Santo para capacitar a igreja e já deu a ela o Evangelho e o poder para proclamá-lo. Agora, cabe à igreja ir ao mundo e anunciar que o banquete da salvação está pronto (Mt 22.4 Depois enviou outros servos, ordenando: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado; os meus bois e cevados já estão mortos, e tudo está pronto; vinde às bodas”). As religiões do mundo inteiro são uma tentativa inócua de o homem chegar até Deus pelos seus esforços. O cristianismo é o homem sendo reconciliado com Deus por meio da obra perfeita, completa e eficaz de Cristo. As religiões pregam aquilo que o homem deve fazer para Deus; o cristianismo ensina o que Deus fez em favor do homem. As religiões são uma escada que os homens tentam levantar da terra para o céu; o cristianismo é a escada que liga o céu à terra.

3.      Porque não há outro Evangelho a ser pregado, anão ser o Evangelho das insondáveis riquezas de Cristo.
Ef 3.8 A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar aos gentios as riquezas inescrutáveis de Cristo”.
Fazer missões não é pregar cultura, religião nem doutrinas de homens. Muitos têm pregado outro Evangelho, um Evangelho híbrido, sincrético e místico; um falso Evangelho. Mas só há um Evangelho; ele não pode ser mudado nem adulterado a nosso bel-prazer. Não podemos tirar nada dele nem acrescentar nada a ele. Toda mensagem que tira o foco da cruz de Cristo e da sua obra perfeita e consumada na cruz é um falso Evangelho que engana os homens, em vez de levá-los à fonte da vida eterna. Não podemos, também, confundir o Evangelho do Senhor Jesus Cristo com a cultura. Muitos missionários venderam a cultura no mesmo pacote do Evangelho e escravizaram as pessoas com práticas estranhas ao conteúdo do Evangelho. Há muitos missionários que querem impor o mesmo estilo de liturgia e todas as culturas e, assim, agridem a peculiaridade de cada povo e cultura. Não podemos obrigar os africanos a adorarem a Deus da mesma forma que os anglo-saxões. Na obra missionária, precisamos tomar dois grandes cuidados:
1.      O primeiro, a sedução de mudar a mensagem;
2.  O segundo, a determinação de engessar os métodos. O conteúdo do Evangelho é imutável, mas os métodos podem e devem mudar de acordo com cada cultura e a circunstância. Tanto a sacralização dos métodos quanto a relativização da mensagem estão em desacordo com a Palavra de Deus.

3.      Porque só a igreja de Cristo está credenciada a pregar o Evangelho.
 Mt 28.18-20 “E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”.
Só há um Evangelho e apenas um agência do Reino credenciada a pregar  o Evangelho a toda criatura, em todo o mundo: a igreja de Cristo. Se nós nos calarmos, seremos considerados culpados. A igreja é o método de Deus para alcançar o mundo. Nenhuma embaixada humana, por mais nobre que seja, tem competência para anunciar as boas-novas de salvação. Nem mesmo os anjos podem desincumbir-se dessa gloriosa tarefa. Ela é nossa e de mais ninguém. Há uma história que ajuda a entender essa verdade: Quando Jesus terminou sua tarefa na terra e retornou ao céu, um anjo o interpelou: “Senhor, tu terminaste a tua obra na terra, mas quem irá contar essas boas-novas ao mundo inteiro?”. O Senhor respondeu ao anjo: “Eu deixei lá na terra doze homens preparados para essa tarefa”. O anjo ainda perguntou: “Mas, Senhor, e se eles falharem?”. Então, o Senhor respondeu: “Se eles falharem, eu não tenho outro plano.”

4.     Porque o tempo de proclamar o Evangelho é agora.
2 Co 6.1-2  “E nós, cooperando com ele, também vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão; (porque diz: No tempo aceitável te escutei e no dia da salvação te socorri; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação)”. 
Devemos fazer a obra de Deus enquanto é dia, enquanto temos oportunidade, enquanto as portas estão abertas. Só temos esta geração para Evangelizar os nossos contemporâneos. Se falharmos nessa empreitada, teremos fracassado em nossa missão. Um jovem índio numa aldeia preparava-se para ser o cacique. Era um jovem forte, inteligente e líder. Mas, de repente, esse moço caiu enfermo. A doença agressiva tomava conta do seu corpo. O tempo passou, e esse jovem índio perdeu completamente o seu vigor. Já prostrado numa maca, perguntou à sua mãe: “Mamãe, eu estou morrendo. Sei que não vou viver para me tornar um cacique. Mamãe, para onde irá a minha alma? Sua mãe, aflita e perplexa com a pergunta do filho, disse-lhe:”Meu  filho, eu não sei para onde irá a sua alma”. Os dias se passaram, e o jovem  estava vivendo os últimos  lampejos de vida. Já sem vigor em sua voz, com os olhos baços, fez a última pergunta da vida: “Mamãe,  eu estou partindo .Sinto-me angustiado e aflito. Por favor, me responda: para onde vai a minha alma?”. Sua mãe, não escondendo as lágrimas, respondeu: “Meu filho, eu não sei , eu não sei para onde vai a sua  alma”. O jovem morreu sem saber para onde iria. Meses depois, chegou naquela  aldeia um missionário, pregando sobre a vida eterna em Cristo. De uma cabana, saiu uma anciã com os olhos molhados de lágrimas, correu em direção ao missionário, agarrou-o  pelos braços e perguntou-lhe: “Por que você não veio antes?” Essa mulher era a mão do jovem que morrera sem saber para onde iria.

5. Porque a evangelização dos povos é uma ordem imperativa, intransferível e inadiável do Senhor Jesus.
Mc 16.15 “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura”.
O universo inteiro se curva diante  da autoridade absoluta do Senhor Jesus. Ousaríamos desobedecê-la? Se até os demônios obedecem à voz do Senhor, seríamos nós os únicos a fazer pouco caso dela? Não temos escolha: fazer missões não é opção da igreja, mas sua responsabilidade inalienável, inadiável e intransferível.

    6.    Porque a conversão daqueles por quem Cristo morreu traz a glória ao nome de Deus.
Fp 2.9-11 Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”. 
Nós fazemos missões para que os povos venham e se prostrem aos pés de Jesus e dêem a Deus toda a glória devida ao seu nome. A glória de Deus deve ser a nossa motivação mais elevada para evangelizarmos todos os povos, tribos, línguas e nações!
 
Que Deus em Cristo venha nos abençoa a cumprir a nossa missão!

Um abraço em Cristo Jesus
Pr. Miss. Capelão Edmundo Mendes Silva

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O PAPEL DO PEQUENO GRUPO E DO DISCIPULADO

Precisa ficar claro que Deus não tem uma missão para Sua igreja, mas uma igreja para Sua missão. E esta é a missão de Deus, que foi comissionada em João 20:21: “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai Me enviou, Eu também vos envio.”
O fato é que a igreja não tem uma missão em si. Mas, devido à entrada do pecado e ao processo degenerativo que esse trouxe ao mundo, Deus concedeu ao ser humano o privilégio de participar e se envolver em Sua missão. Jorge Henrique Barros, professor de Teologia Bíblica da Missão, acha que “missão é manifestar o amor do reino de Deus [...] através de palavras e obras, com vistas à transformação”. Essa transformação pode ser chamada de discipulado e faz parte do processo de crescimento em Cristo.
Como as pessoas crescem espiritualmente? Como crescem no processo do discipulado? Ao falar do homem justo, o salmo 1 ilustra muito bem esse processo. O verso 3 diz: “Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem-sucedido.”
O texto mostra que o “justo” (o cristão em crescimento) está em conexão com a fonte da vida – ele tem íntima comunhão com Deus. Todavia, o texto vai além e declara que o justo dá fruto, suas obras são manifestas, sua vida não é vazia nem isolada, ele está envolvido na missão, sendo um canal de bênçãos. Os frutos são produzidos para beneficiar outras pessoas e para a honra e glória de Deus. É impossível ser frutífero vivendo isoladamente; precisa haver vida em comunidade. O amor que vem de Deus, de um constante crescimento e íntima comunhão com o Senhor, se manifesta nos círculos de relacionamentos humanos. Por fim, o texto afirma que o justo é bem-sucedido em todas as suas obras. A vida de comunhão e em comunidade conduz o justo ao seu comissionamento, as obras são automáticas e ele é bem-sucedido.
Pode-se resumir dizendo que comunhão + comunidade = missão. Não há como separar uma coisa da outra, e para haver crescimento sadio no discipulado, as três partes devem estar conectadas. Ellen G. White esclarece isso ao dizer que “todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário. Aquele que bebe da água viva, faz-se fonte de vida. O depositário torna-se doador. A graça de Cristo no coração é uma vertente no deserto, fluindo para refrigério de todos, e tornando os que estão prestes a perecer, ansiosos de beber da água da vida”.
A comunhão (que envolve estudo da Bíblia e oração) precisa ser diária, assim como o comissionamento; já o encontro regular com a comunidade pode ser repetido uma vez por semana por meio dos pequenos grupos.
Está ficando cada vez mais comum ver igrejas cheias de membros relativamente autônomos e distantes, que mais parecem estar cumprindo um compromisso obrigatório de marcar a presença na igreja do que em buscar uma experiência genuína de adoração e comunhão coletiva.
Se a igreja deseja alcançar sucesso, ela precisa seguir os passos de Jesus. Em Seu ministério, Cristo manteve o foco em um grupo pequeno, que pode ser visto como um protótipo do discipulado. Jesus dedicou grande parte de Seu ministério a esse grupo, cujos membros alcançaram os confins da Terra.
Manter o foco numa equipe contribui bastante para o sucesso no cumprimento da missão. Essa abordagem (1) produz mais frutos, (2) reúne uma variedade de dons e recursos, (3) gera mais ideias, (4) provê responsabilidades, (5) oferece encorajamento e suporte, e (6) treina futuros líderes.
Qual foi o resultado do método de Cristo? A vida em comunhão e em comunidade, que os discípulos manifestaram no cenáculo, os conduziu naturalmente ao comissionamento que gerou o Pentecostes.
A estratégia usada por Jesus para conduzir as pessoas ao crescimento no discipulado pode ser dividida em quatro passos (orar, chamar, estar juntos e enviar) e é resumida em Marcos 3:13-14: “Depois, [Jesus] subiu ao monte e chamou os que Ele mesmo quis, e vieram para junto dEle. Então, designou doze para estarem com Ele e para os enviar a pregar.”
A passagem paralela de Lucas 6:12-16 diz que Jesus esteve no monte orando por toda a noite. Eis o primeiro passo da estratégia de Jesus: antes de chamar os doze, Ele passou a noite orando. Antes de formar Seu grupo, Ele clamou a Deus o Pai. O mesmo precisa acontecer hoje: a intercessão (oração) é fundamental em todo processo. O líder deve ter uma vida de comunhão diária.
O pastor que pretende copiar o modelo criado por Jesus precisa, após muita oração, chamar aqueles que formarão o grupo protótipo, que passam a fazer parte de seu relacionamento mais próximo. O líder pode chamar entre três e dez pessoas com capacidade para aprender, que se deem bem entre si, responsáveis, maduras na fé e com estilo de vida coerente e saudável.
Essas pessoas serão futuros líderes de pequenos grupos. Portanto, é preciso escolher líderes em potencial, de ambos os sexos, de todas as idades, novos e antigos na igreja. É bom incluir no grupo uma pessoa de oração. Não que os demais não o sejam, mas alguém conhecido pelo dom da oração. “Jesus escolheu homens [...] dotados de natural capacidade, humildes e dóceis – homens a quem podia educar para Sua obra. Há, nas ocupações comuns da vida, muitos homens que seguem a rotina dos labores diários, inconscientes de possuírem faculdades que, exercitadas, os ergueriam à altura dos mais honrados homens do mundo. Requer-se o toque de uma hábil mão para despertar essas faculdades adormecidas”.
Estar juntos. O verso 14 relata que os chamados “vieram para junto dEle”, Jesus estava com eles. “A mais elevada obra da educação não é comunicar conhecimentos, meramente, mas aquela vitalizante energia recebida mediante o contato de mente com mente, de coração com coração. Somente vida gera vida. Que privilégio, pois, foi o deles, por três anos em contato com aquela divina vida de onde tem provindo todo impulso doador de vida que tem abençoado o mundo!”.
Recordando: comunhão + comunidade = missão. O líder ensina ao seu protótipo, por meio do exemplo e ensino,
(1) a ter uma vida diária de estudo da Bíblia e oração;
(2) a ter, entre eles, ao menos um encontro semanal para oração, estudo e planejamento (seu pequeno grupo); (3) a ter um modelo prático de cuidado e acompanhamento, de modo que eles possam copiar e praticar no futuro em seus respectivos pequenos grupos;
(4) a ministrar a cada pessoa no grupo. Um detalhe: quanto mais próximos de Jesus os crentes estiverem, mais próximos estarão uns dos outros. Portanto, planejem um retiro espiritual em um fim de semana. Depois, aguardem a atuação do Espírito Santo.
Enviar. Chega o momento em que o líder deve encaminhar os membros do grupo a liderar seus próprios pequenos grupos, para que o modelo de crescimento seja reproduzido. Cada dupla do protótipo forma um novo pequeno grupo. O pequeno grupo (ou mais de um pequeno grupo) pode formar uma nova igreja.

Eis uma visão geral do processo do protótipo:
Comunhão: (1) orar; (2) chamar;
Comunidade: (4) estar juntos;
Missão: (5) enviar.

Finalmente, o líder precisa ter cuidado para que o protótipo e a reunião do pequeno grupo sejam conduzidos dentro do mesmo processo de crescimento apresentado pela Palavra de Deus: comunhão, comunidade e missão.
Numa reunião, deve-se começar com a comunidade (conversar sobre a semana, desafios, etc.), depois é que se passa para a comunhão, fazendo a transição com uma oração, que pode mencionar algo que foi compartilhado na primeira parte. Em seguida, prossegue-se com o estudo da Bíblia, de forma dinâmica e participativa. A última parte é a condução das pessoas para a missão, desafiando-as a alcançar outras pessoas e a desenvolver novos pequenos grupos. Lembre-se de que a bênção alcançada deve ser reproduzida.

O discipulado precisa ser levado adiante e não existe uma única forma pela qual ele deva ser conduzido, todavia os pequenos grupos e o protótipo formam um ambiente natural para seu progresso e estão em plena harmonia com o que foi desenvolvido por Jesus como exemplo de discipulado para a igreja em todas as épocas.

Um abraço em Cristo.
Pr. Miss. Capelão Edmundo Mendes Silva