terça-feira, 6 de agosto de 2013

POR QUE FAZER MISSÕES É UMA TAREFA TÃO URGENTE?

“E disse-lhes por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura.” (Mc 16.15).
Por que fazer missões deve ser a missão da igreja? Por que a igreja deve levar a mensagem do evangelho aos de perto e aos de longe? Por que o território de ação da igreja deve estender-se até os confins da terra?

1.       Porque o homem sem Cristo está perdido.
Ef 2.1-3 Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais outrora andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos de desobediência, entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais”.
O homem sem Cristo é escravo da carne, do mundo  e do diabo. Ele está preso, condenado e morto. Não há nenhuma possibilidade de esse homem voltar-se para Deus por si mesmo, nem qualquer chance de ele ser salvo pelos seus próprios méritos. Não há salvação sem Cristo. Nenhuma religião pode salvar. Nenhuma religião nos pode reconciliar com Deus. O mundo está saturado de muitas religiões, enquanto a humanidade perece. Não é verdade que toda religião é boa e que todo caminho leva a Deus. Há caminhos que ao homem parecem direito, mas ao fim são caminhos de morte (Pv 14.12 “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte”). A ignorância não é outra porta para o céu. Quem sem lei pecar, sem lei perecerá (Rm 2.12 “Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados”). A não ser que a igreja anuncie o evangelho a todos os povos, não haverá esperança de salvação para eles. Só Cristo é a porta do céu. Só Ele é o caminho que conduz a Deus. Só Ele é o mediador entre Deus e os homens.

2.      Porque a obra de Cristo já foi consumada.
Jo 19.30 “Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse: está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito”.
A salvação é uma obra planejada por Deus, consumada por Cristo e aplicada pelo Espírito Santo. Tudo já foi feito. Não resta mais nada por fazer. Cristo já morreu e ressuscitou. Ele já enviou o Espírito Santo para capacitar a igreja e já deu a ela o Evangelho e o poder para proclamá-lo. Agora, cabe à igreja ir ao mundo e anunciar que o banquete da salvação está pronto (Mt 22.4 Depois enviou outros servos, ordenando: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado; os meus bois e cevados já estão mortos, e tudo está pronto; vinde às bodas”). As religiões do mundo inteiro são uma tentativa inócua de o homem chegar até Deus pelos seus esforços. O cristianismo é o homem sendo reconciliado com Deus por meio da obra perfeita, completa e eficaz de Cristo. As religiões pregam aquilo que o homem deve fazer para Deus; o cristianismo ensina o que Deus fez em favor do homem. As religiões são uma escada que os homens tentam levantar da terra para o céu; o cristianismo é a escada que liga o céu à terra.

3.      Porque não há outro Evangelho a ser pregado, anão ser o Evangelho das insondáveis riquezas de Cristo.
Ef 3.8 A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar aos gentios as riquezas inescrutáveis de Cristo”.
Fazer missões não é pregar cultura, religião nem doutrinas de homens. Muitos têm pregado outro Evangelho, um Evangelho híbrido, sincrético e místico; um falso Evangelho. Mas só há um Evangelho; ele não pode ser mudado nem adulterado a nosso bel-prazer. Não podemos tirar nada dele nem acrescentar nada a ele. Toda mensagem que tira o foco da cruz de Cristo e da sua obra perfeita e consumada na cruz é um falso Evangelho que engana os homens, em vez de levá-los à fonte da vida eterna. Não podemos, também, confundir o Evangelho do Senhor Jesus Cristo com a cultura. Muitos missionários venderam a cultura no mesmo pacote do Evangelho e escravizaram as pessoas com práticas estranhas ao conteúdo do Evangelho. Há muitos missionários que querem impor o mesmo estilo de liturgia e todas as culturas e, assim, agridem a peculiaridade de cada povo e cultura. Não podemos obrigar os africanos a adorarem a Deus da mesma forma que os anglo-saxões. Na obra missionária, precisamos tomar dois grandes cuidados:
1.      O primeiro, a sedução de mudar a mensagem;
2.  O segundo, a determinação de engessar os métodos. O conteúdo do Evangelho é imutável, mas os métodos podem e devem mudar de acordo com cada cultura e a circunstância. Tanto a sacralização dos métodos quanto a relativização da mensagem estão em desacordo com a Palavra de Deus.

3.      Porque só a igreja de Cristo está credenciada a pregar o Evangelho.
 Mt 28.18-20 “E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”.
Só há um Evangelho e apenas um agência do Reino credenciada a pregar  o Evangelho a toda criatura, em todo o mundo: a igreja de Cristo. Se nós nos calarmos, seremos considerados culpados. A igreja é o método de Deus para alcançar o mundo. Nenhuma embaixada humana, por mais nobre que seja, tem competência para anunciar as boas-novas de salvação. Nem mesmo os anjos podem desincumbir-se dessa gloriosa tarefa. Ela é nossa e de mais ninguém. Há uma história que ajuda a entender essa verdade: Quando Jesus terminou sua tarefa na terra e retornou ao céu, um anjo o interpelou: “Senhor, tu terminaste a tua obra na terra, mas quem irá contar essas boas-novas ao mundo inteiro?”. O Senhor respondeu ao anjo: “Eu deixei lá na terra doze homens preparados para essa tarefa”. O anjo ainda perguntou: “Mas, Senhor, e se eles falharem?”. Então, o Senhor respondeu: “Se eles falharem, eu não tenho outro plano.”

4.     Porque o tempo de proclamar o Evangelho é agora.
2 Co 6.1-2  “E nós, cooperando com ele, também vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão; (porque diz: No tempo aceitável te escutei e no dia da salvação te socorri; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação)”. 
Devemos fazer a obra de Deus enquanto é dia, enquanto temos oportunidade, enquanto as portas estão abertas. Só temos esta geração para Evangelizar os nossos contemporâneos. Se falharmos nessa empreitada, teremos fracassado em nossa missão. Um jovem índio numa aldeia preparava-se para ser o cacique. Era um jovem forte, inteligente e líder. Mas, de repente, esse moço caiu enfermo. A doença agressiva tomava conta do seu corpo. O tempo passou, e esse jovem índio perdeu completamente o seu vigor. Já prostrado numa maca, perguntou à sua mãe: “Mamãe, eu estou morrendo. Sei que não vou viver para me tornar um cacique. Mamãe, para onde irá a minha alma? Sua mãe, aflita e perplexa com a pergunta do filho, disse-lhe:”Meu  filho, eu não sei para onde irá a sua alma”. Os dias se passaram, e o jovem  estava vivendo os últimos  lampejos de vida. Já sem vigor em sua voz, com os olhos baços, fez a última pergunta da vida: “Mamãe,  eu estou partindo .Sinto-me angustiado e aflito. Por favor, me responda: para onde vai a minha alma?”. Sua mãe, não escondendo as lágrimas, respondeu: “Meu filho, eu não sei , eu não sei para onde vai a sua  alma”. O jovem morreu sem saber para onde iria. Meses depois, chegou naquela  aldeia um missionário, pregando sobre a vida eterna em Cristo. De uma cabana, saiu uma anciã com os olhos molhados de lágrimas, correu em direção ao missionário, agarrou-o  pelos braços e perguntou-lhe: “Por que você não veio antes?” Essa mulher era a mão do jovem que morrera sem saber para onde iria.

5. Porque a evangelização dos povos é uma ordem imperativa, intransferível e inadiável do Senhor Jesus.
Mc 16.15 “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura”.
O universo inteiro se curva diante  da autoridade absoluta do Senhor Jesus. Ousaríamos desobedecê-la? Se até os demônios obedecem à voz do Senhor, seríamos nós os únicos a fazer pouco caso dela? Não temos escolha: fazer missões não é opção da igreja, mas sua responsabilidade inalienável, inadiável e intransferível.

    6.    Porque a conversão daqueles por quem Cristo morreu traz a glória ao nome de Deus.
Fp 2.9-11 Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”. 
Nós fazemos missões para que os povos venham e se prostrem aos pés de Jesus e dêem a Deus toda a glória devida ao seu nome. A glória de Deus deve ser a nossa motivação mais elevada para evangelizarmos todos os povos, tribos, línguas e nações!
 
Que Deus em Cristo venha nos abençoa a cumprir a nossa missão!

Um abraço em Cristo Jesus
Pr. Miss. Capelão Edmundo Mendes Silva

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